Talvez essa seja uma das dúvidas mais frequentes para quem deseja morar em Orlando. Afinal, o custo de vida na cidade é mais vantajoso que do Brasil? Na verdade, tudo depende. Se a origem do brasileiro for alguma capital como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, entre outras, realmente o custo de vista pode ser menor.
Tomamos como exemplo um casal de paulistanos e o filho pequeno que foram morar em Orlando. O custo de vida em São Paulo certamente é o maior de todo o país. Se um dos membros da família tiver adquirido um Social Security Number (SSN) nos EUA, o equivalente a um CPF, a vida no país será simplificada. Para conseguir o documento é necessário que o imigrante tenha pelo menos o visto de trabalho regularizado. Caso contrário, a vida em Orlando sai mais cara e menos cômoda
Com o SSN em mãos, o pai e a mãe da criança têm condições de provar a renda, podendo se beneficiar na hora de fechar determinados negócios. Para alugar um imóvel, por exemplo, o inquilino precisará provar uma renda três vezes superior ao valor mensal do aluguel. Para comprar um carro, o comprador poderá parcelar o valor. Na hora de fazer a instalação de luz, a companhia elétrica vai cobrar menos, e assim por diante.
Tendo isso em vista, confira o efeito comparativo de alguns valores entre Orlando e São Paulo. Como o morador vai trabalhar nos EUA e receber em dólares, não leve em consideração a conversão entre a moeda americana e a brasileira.
Uma casa mobiliada de 1 a 2 dormitórios, perto das atrações da Disney, sai entre U$1.000 e U$1.400. Um imóvel com o mesmo número de quartos na periferia de São Paulo sai entre R$1.200 a R$4.000.
Os preços de automóveis no Brasil são estratosféricos. Portanto a comparação entre os dois países é quase que ingrata. Um Hyundai Santa Fé, modelo 2010, sai por U$13mil em uma concessionária do tipo “Buy Here, Pay Here”. No Brasil o mesmo veículo não sai por menos de R$50 mil.
Existem duas formas para o pagamento das contas. A primeira é o “fee” que em tradução literal significa “taxa”. Nela o consumidor paga pelo serviço utilizado. O segundo é o “deposit”, no caso de instalações ou serviços adicionais. Não dá para precisar se os valores se diferem com o Brasil. Depende do consumo de água e luz do morador do imóvel.
Já a internet é melhor e mais barata que a brasileira. A velocidade pode chegar a 35MB e o valor dificilmente vai ultrapassar U$60. Os serviços de celular também estão em conta, graças a concorrência acirrada entre as 5 empresas de telefonia móvel do país. Cada uma possui pacotes e descontos diferenciados como internet e ligações ilimitadas bem mais vantajosos que os oferecidos no Brasil.
No Walmart americano é possível encher um carrinho de produtos básicos com U$150. Refrigerantes, salgados, congelados, grãos, enlatados, além de produtos de higiene e de banho são muito mais em conta que no Brasil. Em compensação o preço de orgânicos como frutas, legumes e vegetais em geral, são tão caros quanto por aqui.
Para se ter uma ideia, um engradado com 24 latas de Coca-Cola não sai por mais de U$6. No Brasil não precisa nem falar que o mesmo engradado não sairia por menos de R$30.
Nenhuma empresa nos EUA é obrigada a pagar convênio médico para seus funcionários. Portanto, se aquele casal de brasileiros não tiverem o aporte do serviço de saúde oferecido pela empresa, o recomendado é fazer a busca independente. Contudo, ter um seguro médico nos EUA não significa estar assegurado em qualquer caso de doença. Para isso, uma verdadeira fortuna precisa ser desembolsada todos meses.